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FRANCISCO CALDEIRA CABRAL
ANO DO CENTENÁRIO (26-10-2008 a 26-10-2009)

O Prof. Francisco Caldeira Cabral (FCC) foi o primeiro arquitecto paisagista português, afirmando-se a partir de Portugal como uma figura de referência na Arquitectura Paisagista mundial. Em 1941, iniciou no Instituto Superior de Agronomia o ensino da Arquitectura Paisagista, tendo aí sido Professor Catedrático até 1975.

Presidiu à Associação Internacional dos Arquitectos Paisagistas (IFLA), entre 1962 e 1966, tendo desempenhado um papel muito importante sobretudo no reconhecimento internacional da profissão e na definição do currículo universitário de formação do Arquitecto Paisagista. Foi também presidente da Associação Portuguesa de Arquitectos Paisagistas (1986 a 1988).

Membro fundador da Liga para a Protecção da Natureza, e presidente desta associação ambiental no biénio de 1951-52, Presidente da Secção de Protecção da Natureza da Sociedade de Geografia de Lisboa, a partir de 1956, Francisco Caldeira Cabral foi um dos pioneiros da luta pela defesa do ambiente em Portugal.

Autor de uma vasta obra que inclui parques, jardins públicos e particulares, projectos urbanísticos, de enquadramento de estradas e barragens e até projectos agrícolas inovadores, como o primeiro sistema de rega por aspersão instalado em Portugal. Os seus projectos incluíram intervenções em espaços públicos, recuperação de Jardins Históricos, Quintas e Jardins privados, projectos de Desenvolvimento agrícola e de Ordenamento do Território e da Paisagem rural e integração paisagística de infra-estruturas. Destacam-se o Estádio Nacional (1938-40), a intervenção urbana no Funchal (1940-43), a quinta da Agrela (1945) o Parque das Caldas da Raínha (1949), a remodelação da Av. da Liberdade, em Lisboa, em colaboração com o Arq. Ribeiro Telles (1956-60), o Parque do Montijo (1956), a Quinta Patiño (1957) e os planos gerais das universidades de Aveiro (1978-79) e Porto (1979).

Francisco Caldeira Cabral, foi Arquitecto Paisagista, Agrónomo, Agricultor (na sua quinta de Paços da Serra), mas também um músico amador na década de 1930. Traduziu para português a Paixão segundo S. Mateus, de J.S. Bach, e o Orfeu de Monteverdi, obras dadas em 1ª audição em Portugal por Ivo Cruz, em 1931 e 1932. Entre 1932 e 1935, cantou o papel de Evangelista da Paixão segundo S. Mateus e em vários concertos de Lied, no Conservatório Nacional e noutros locais.

Católico com uma sólida formação e profunda Fé, desempenhou as funções de Presidente Diocesano da Liga Universitária Católica de Lisboa e de Presidente Geral da Liga Agrária Católica. Foi fundador e primeiro Presidente da Associação dos Antigos Alunos dos Jesuítas em Portugal e Presidente da Federação Europeia dos Antigos Alunos da Companhia de Jesus (1959-61).
Foi pai de nove filhos, avô de 28 netos, contando já com mais de 30 bisnetos. Uma numerosa família que continua a aumentar!


Projectos

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